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segunda-feira, 21 de março de 2011

História do Carnaval de Olinda PE

Corrida dos Bonecos Gigantes em 2009. Foto: Passarinho/Pref.Olinda
Em seus primórdios, a história do Carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco, originária do antigo entrudo – festa pagã européia, que chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Era uma brincadeira onde os foliões lançavam farinha, tinturas e água suja. Foi proibida oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete e a serpentina.
Em Pernambuco, o entrudo português mudou no século XVII, quando assimilou costumes africanos. 
No século XIX, surgiram o frevo e o passo, o que deu ao Carnaval de Pernambuco uma singularidade única no Brasil. A partir de então, começaram a ser organizadas as primeiras agremiações nos bairros populares.
frevo4.jpgO Carnaval de Olinda como o conhecemos hoje também é um evento relativamente recente. Data do início do século XX, coincidindo com o surgimento de diversas agremiações, algumas das quais ainda presentes nos carnavais da atualidade, como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912.
O Carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.
Fernando Augusto, o prefeito de Olinda Renildo Calheiros e a artista plástica Tereza Costa Rêgo durante a entrevista coletiva. Foto: Passarinho/Pref.Olinda
Sem falar nos bonecos gigantes, dos quais, todo ano, são criados novos tipos e hoje já somam mais de cem calungas desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que por si só já é uma tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos, aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932.
Os tipos populares são também outra tradição. A cada ano, eles enchem as ladeiras da Cidade Alta encarnando personagens inspirados tanto nos noticiários do dia a dia, como nos mais tradicionais costumes, todos retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social tradicionalmente presentes na folia da cidade.
Hoje o Carnaval de Olinda é, sem nenhum favor, a maior e mais autêntica festa popular do Brasil, atraindo todo ano milhares de foliões de vários recantos do país e do Exterior. A interação com a rica diversidade cultural do Nordeste, representada por troças, clubes, caboclinhos, maracatus e bonecos gigantes, aliada ao calor do frevo e à descontração e alegria do povo da cidade, tornam a folia olindense irresistível para um contingente cada vez maior de foliões.

sexta-feira, 11 de março de 2011

GALO DA MADRUGADA

A irreverência do Galo da Madrugada brilha mais uma vez com uma celebração ao frevo feita por artistas da terra que reverenciam o ritmo pernambucano ao lado de vários artistas convidados de renome nacional. Com aproximadamente 30 trios elétricos O galo da madrugada tomou varias ruas e deu incio ao carnaval de Olinda e Recife.
Mantendo a tradição, o cantor Gustavo Travassos, filho do fundador do galo, abriu o desfile no sábado (5), juntamente com a cantora Fafá de Belém. Em seguida, Spok Frevo Orquestra e a cantora Daniela Mercury incendeiam a multidão também com muito frevo. Outros artistas como Maria Gadú, Elba Ramalho, Saia Elétrica, Geraldinho Lins, Andre Rio, Beto Ortiz, Sandra de Sá, Almir Rouche, Paulo Ricardo, Emílio Santiago, entre outros, farão parte do desfile do bloco.
O desfile foi realemente um sucesso.Contou com quatro carros alegóricos. O abre-alas com o tema da música, o segundo carro faz referências aos compositores do frevo pernambucano, o terceiro homenageia as fantasias e, por último, vem o bonde do frevo. Ainda, 100 bonecos gigantes, conhecidos como cabeções, acompanharão os carros.
para quem quer ouvir o hino do galo da madrugada, basta acessar o link http://www.youtube.com/watch?v=kX7QuO4OrX4.
Um Abraço a todos os fuliões do Brasil e do Mundo.