A cidade construída em apenas três anos transborda de atrações para todos os gostos. Além de ser a preferida pelos místicos, ela atrai pela inusitada arquitetura e pelo visual cinematográfico, onde a terra e o céu se encontram.
Em pleno deserto, no alvo do Brasil, pousa o traço do arquiteto e a profecia do santo torna-se realidade. A terra vermelha encontra o mais límpido azul, que faz do céu um fundo infinito para o foco certeiro da criação, onde decola, a cada dia, o futuro do país. Vista do alto, parece um avião, com as asas abertas clamando o progresso, que sempre promete chegar.
Nesta enorme maquete habitada, as decisões da nação correm velozes em grandes avenidas, em suntuosos templos e igrejas, em construções futuristas e, ao mesmo tempo, a velocidade encontra a calmaria de grandes parques urbanos aterrizados no cerrado pacato do coração do Brasil.
Brasília é a reinvenção da rosa dos ventos idealizada por dois gênios: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Em 1955, o candidato à Presidência da República, Juscelino Kubitschek, lançou o slogan da campanha: "50 anos em 5". Nascia, neste momento, a meta de criar uma cidade para ser a capital do país. Para isso, foi organizado um concurso, que iria eleger o plano-piloto da nova capital brasileira.
Em 1960, é inaugurado o arrojado projeto urbanístico de Lúcio Costa, arquiteto eleito com base na promessa política de JK, com construções assinadas por Oscar Niemeyer. A partir daí, o que parecia utopia cedeu lugar à realidade.
Berço da inspiração de seus filhos famosos, como Renato Russo, Cássia Eller, Paralamas do Sucesso e Zélia Duncan, a capital conta com atrativos arquitetônicos de design inovador. Na Esplanada dos Ministérios, a Catedral Metropolitana, construída em 1967, por Niemeyer, possui um vasto acervo de obras de Di Cavalcanti, além do espetáculo conduzido pelos vitrais coloridos, que proporcionam iluminação natural abaixo do nível do solo.